PREFEITO DE CAICÓ DEMITE SERVIDORES QUE FURARAM FILA DA VACINAÇÃO CONTRA A COVID-19

O prefeito de Caicó, Dr. Tadeu (PSDB), demitiu nesta quinta-feira 21 dois servidores que, apesar de não estarem no grupo prioritário para receber a vacina contra a Covid-19, conseguiram ter acesso a doses do imunizante e postaram o ato de vacinação nas redes sociais. As portarias que oficializam as demissões já foram publicadas no site da prefeitura. Com a decisão, foram exonerados os servidores Almir Pereira de Araújo Neto, subcoordenador de Saneamento e Oficina Sanitária, e Jedson Juan Alves Cardoso, diretor do Departamento da Central de Abastecimento Farmacêutico. Os dois ocupavam cargos comissionados na gestão municipal. Em Caicó, a campanha de vacinação contra o coronavírus começou na noite da última terça-feira 19. Nesta 1ª fase da campanha, o município usa doses da Coronavac, a vacina desenvolvida pelo laboratório chinês Sinovac em parceria com o Instituto Butantan. O imunizante teve o uso emergencial aprovado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) no último fim de semana. O município recebeu da Secretaria Estadual de Saúde (Sesap) apenas 750 doses. Por causa do número limitado de frascos, apenas profissionais de saúde que atuam na linha de frente de combate à pandemia da Covid-19 podem receber o imunizante, além de alguns poucos idosos com mais de 75 anos de idade e que vivem em instituições de longa permanência (asilos). Apesar disso, os dois servidores agora demitidos conseguiram receber a vacina. Logo após a repercussão negativa, a Prefeitura de Caicó explicou que os dois funcionários não haviam “furado a fila”. A gestão municipal afirmou que os profissionais, apesar de não estarem na linha de frente de combate à pandemia, participam do esquema logístico de distribuição das doses e que, portanto, terão contato com pessoas do grupo de risco para a doença nos próximos dias, para o esquema de vacinação. Mesmo assim, com a repercussão, o prefeito decidiu demitir os profissionais – em função da exposição da imunização nas redes sociais. “Mesmo que a sindicância apure que a vacinação seguiu as normativas, era um ato administrativo, estavam trabalhando e não havia orientação de tornar público em redes sociais. Esta não é a orientação que damos aos que trabalham para o povo”, afirmou o prefeito de Caicó. -Agora RN