De acordo com o MPRN, as apurações indicam indícios de crimes como contratação direta ilegal, peculato (desvio de recursos públicos), lavagem de dinheiro e associação criminosa. A investigação é conduzida pela Procuradoria-Geral de Justiça e aponta movimentações financeiras consideradas atípicas e de alto valor entre os investigados e empresas ligadas a eles.
Durante a operação, foram cumpridos mandados de busca e apreensão na sede da Prefeitura de Caiçara do Rio do Vento, na Câmara Municipal de Bento Fernandes, além de residências e empresas localizadas nos municípios de Natal, Parnamirim, Caiçara do Rio do Vento, Bento Fernandes, Galinhos e João Pessoa, na Paraíba.
A ação mobilizou 10 promotores de Justiça, 37 servidores do MPRN e 40 policiais militares, com apoio do Ministério Público da Paraíba, por meio do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco).
Segundo o Ministério Público, o suposto esquema seria articulado por um grupo familiar e empresarial interligado, que teria criado e utilizado diversas empresas, algumas apontadas como de fachada, para movimentar e ocultar recursos públicos desviados. No centro das investigações estão contratações diretas suspeitas feitas pela Prefeitura, por meio de dispensas e inexigibilidades de licitação.
A análise bancária revelou movimentações consideradas incomuns, como o saque de cerca de R$ 730 mil da conta de uma empresa de contabilidade e o depósito quase simultâneo desse valor em uma empresa recém-criada, apontada pelos investigadores como utilizada para dissimular a origem e o destino do dinheiro.
Todo o material apreendido durante a operação será analisado pelo MPRN. As investigações seguem em andamento para apurar a possível participação de outras pessoas e a ocorrência de novos crimes relacionados ao esquema. Portal Tropical
