JOÃO CAMPOS DEIXA DE FORA PARAIBANO QUE FICOU EM 1º LUGAR E NOMEIA CANDIDATO QUE ESTAVA NA 63ª POSIÇÃO

A nomeação de um novo procurador do Município do Recife pelo prefeito João Campos (PSB-PE) gerou questionamentos após a divulgação de detalhes sobre o concurso público realizado em dezembro de 2022. O caso foi revelado inicialmente pelo portal Metrópoles e repercutiu nas redes sociais.

Segundo as informações, o candidato nomeado, Lucas Vieira Silva, havia concorrido originalmente pela ampla concorrência e alcançado apenas a 63ª colocação. Três anos após o certame, ele solicitou reclassificação para a lista de pessoas com deficiência (PCD), após apresentar laudo médico que atesta Transtorno do Espectro Autista (TEA).

Com a mudança de modalidade, Lucas passou a ocupar o 1º lugar entre os candidatos PCD, o que embasou sua nomeação oficial. A reclassificação foi aceita pela Procuradoria-Geral do Município e homologada em 19 de dezembro, resultando na portaria de nomeação publicada no dia 20.

O episódio chama atenção porque, com a decisão, um candidato paraibano que havia alcançado o primeiro lugar na classificação geral acabou não sendo nomeado. Outro ponto que gerou repercussão foi o fato de Lucas Vieira Silva ser filho de Maria Nilda Silva, procuradora do Ministério Público de Contas de Pernambuco, órgão vinculado ao Tribunal de Contas do Estado.

Em nota ao Metrópoles, a Prefeitura do Recife afirmou que todo o procedimento ocorreu dentro da legalidade, respeitando a vigência do concurso e as normas administrativas. A gestão municipal destacou ainda que houve decisão judicial negando pedido contrário à reclassificação e sustentou que não houve favorecimento, mas sim o cumprimento do dever legal de assegurar tratamento isonômico às pessoas com deficiência.

A coluna de Andreza Matais informou que tentou contato com o nomeado para comentar o caso, mas não obteve resposta até o fechamento da publicação. As informações são de Click pb