SUSPEITO DE APLICAR GOLPE DE R$ 3 MILHÕES NOS PAIS É PRESO NO AEROPORTO DE NATAL

Um homem de 51 anos, filho de um casal de idosos e apontado como o líder de uma associação criminosa responsável por aplicar um golpe milionário contra os próprios pais, foi preso preventivamente nesta sexta-feira (21) durante a operação “Quarto Mandamento”. Segundo relatos prestados à Polícia Civil, o prejuízo acumulado desde novembro de 2024 ultrapassou R$ 3 milhões.

Ele é suspeito pelos crimes de estelionato e associação criminosa. De acordo com as investigações, o suspeito teria atuado diretamente na apresentação de quatro comparsas, presos em flagrante no dia 26 de setembro deste ano, às vítimas, facilitando o acesso do grupo à residência e à confiança dos idosos.

Entre os detidos anteriormente está uma mulher identificada como a articuladora do esquema. Ela dizia aos idosos que seria beneficiária de uma suposta herança no valor de R$ 235 bilhões, usando essa versão para justificar pedidos constantes de dinheiro às vítimas, sob o pretexto de que precisava se manter até a liberação dos valores.

Com o passar dos meses, o grupo passou a morar com o casal em um condomínio de luxo no bairro de Candelária, zona Sul de Natal, onde usufruía de conforto e vida de alto padrão custeados com o dinheiro das vítimas. Durante o período, os suspeitos também abriram contas bancárias em nome dos idosos e efetuaram diversas transações sem o consentimento deles.

O filho do casal, apontado como líder da associação criminosa, estava foragido desde que teve a prisão preventiva decretada e foi localizado na manhã desta sexta-feira no Aeroporto Internacional de Natal, dentro de uma aeronave que havia acabado de pousar. Ele recebeu voz de prisão e foi conduzido à delegacia para os procedimentos legais e, em seguida, encaminhado ao sistema prisional, onde permanecerá à disposição da Justiça.

O nome “Quarto Mandamento” faz menção ao mandamento bíblico “honrar pai e mãe”, fazendo referência ao suspeito que aplicava sucessivos golpes contra os pais idosos. Toda ação foi coordenada pela Delegacia Especializada em Falsificações e Defraudações (DEFD) de Natal, com apoio da Polícia Federal (PF). Tribuna do Norte