MULHER É MORTA A FACADAS PELO EX-COMPANHEIRO EM CRIME DE FEMINICÍDIO EM IPANGUAÇU

Da redação - Assú Notícia:
A madrugada deste domingo, 5 de outubro de 2025, foi marcada por mais um episódio brutal de violência contra a mulher no Vale do Açu. Um crime de feminicídio foi registrado na comunidade de Pedrinhas, zona rural de Ipanguaçu, onde uma mulher identificada como Patrícia Poliana Lopes, natural de Itajá, foi assassinada pelo ex-companheiro.

De acordo com informações exclusivas apuradas pelo repórter Jalisson Ferreira, o autor do crime foi identificado como José Francisco Filho, conhecido como “Zé da Serra Branca”. Ele não aceitava o fim do relacionamento e teria monitorado os passos da vítima antes de cometer o crime.

Patrícia trafegava de motocicleta pela RN-118, com destino à comunidade onde morava, quando percebeu que estava sendo seguida por um carro modelo HB20 vermelho. O suspeito desceu do veículo e a atacou com uma faca, desferindo diversos golpes. Mesmo tentando se defender, a vítima foi brutalmente assassinada na calçada de um espetinho.

Após o crime, o agressor fugiu com destino ignorado. Segundo familiares, o homem já havia tentado agredi-la anteriormente, inclusive utilizando uma faca, e chegou a atirar contra a casa da vítima em outra ocasião, numa tentativa de ameaça.

A Polícia Militar isolou o local do crime até a chegada do ITEP de Mossoró, que realizou a remoção do corpo. O caso será investigado pela Polícia Civil de Ipanguaçu, que busca localizar o autor do crime.

Feminicídio no Brasil: números alarmantes
Segundo dados do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, em 2024 o Brasil registrou mais de 1.500 casos de feminicídio, o que representa uma mulher morta a cada seis horas por razões ligadas à condição de gênero. A maior parte dos crimes é cometida por companheiros ou ex-companheiros, dentro ou próximo das residências das vítimas.

No Rio Grande do Norte, a violência doméstica e os casos de feminicídio têm crescido de forma preocupante, exigindo ações urgentes de prevenção e proteção.

O que as vítimas podem fazer
Mulheres que vivem situações de ameaça, agressão ou perseguição devem buscar ajuda imediatamente. Existem diversos canais de atendimento e proteção:

Ligue 180 – Central de Atendimento à Mulher (gratuito e 24h);
190 – Polícia Militar, em caso de emergência imediata;
Delegacias Especializadas de Atendimento à Mulher (DEAMs);

Ministério Público e Defensoria Pública, que podem solicitar medidas protetivas com urgência;

Aplicativo “Proteja Brasil”, que facilita denúncias de violência doméstica.

A denúncia pode salvar vidas. O silêncio, muitas vezes, é o combustível que alimenta tragédias como a de Patrícia. É preciso denunciar e buscar ajuda — violência contra a mulher é crime e deve ser combatida com firmeza e apoio social.

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