Durante a inspeção, os agentes constataram que o motorista não possuía o curso obrigatório para condução de transporte escolar, exigido pelo Código de Trânsito Brasileiro (CTB). Diante da irregularidade, o ônibus foi retido até que um condutor habilitado se deslocasse ao local para assumir a direção e garantir a continuidade da viagem dos alunos, que correm o risco de perder aulas.
Em contato com o repórter Jalisson Ferreira, a PRF confirmou a retenção do veículo e reforçou que a medida foi adotada em cumprimento à legislação.
Contradição do prefeito de Ipanguaçu
O episódio ocorre dias após o prefeito de Ipanguaçu, Jefferson Santos, ter criticado publicamente a atuação do CPRE (Comando de Policiamento Rodoviário Estadual) em uma operação realizada na cidade. Na ocasião, o CPRE apreendeu diversas motocicletas irregulares, entre elas uma sem placa e com queixa de roubo, cujo condutor estava sob efeito de álcool.
Na contramão da legalidade, o prefeito gravou um vídeo afirmando estar “triste” com a ação e disse que iria oficializar um pedido ao Governo do Estado para barrar a fiscalização em Ipanguaçu. A atitude foi vista como uma tentativa de agradar seu eleitorado, mesmo que isso significasse enfraquecer o combate a práticas que colocam vidas em risco.
Agora, com o caso do ônibus escolar prestando serviço à prefeitura de Ipanguaçu, conduzido por um motorista sem qualificação adequada, a situação reforça o questionamento: será essa a razão pela qual o prefeito se posiciona contra o trabalho de fiscalização de trânsito?
Mau exemplo e riscos à população
A ocorrência expõe falhas na gestão municipal, e também o péssimo exemplo de um gestor que deveria defender a legalidade e zelar pela segurança dos cidadãos. Ao se colocar contra a fiscalização, Jefferson Santos passa à sociedade uma mensagem equivocada, ignorando que ações como as do CPRE e da PRF são fundamentais para evitar acidentes, salvar vidas e garantir o cumprimento da lei.
Enquanto isso, estudantes que apenas buscavam seguir para a faculdade ficaram à mercê da desorganização e da irresponsabilidade de quem deveria garantir um transporte seguro e regularizado.
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