A vítima, Juliana Soares, passou por cirurgia de reconstrução do rosto na última sexta-feira (1º). O agressor, que chegou a denunciar maus-tratos no sistema penitenciário, emitiu nota pedindo “perdão” à sociedade e que sua conduta foi “influenciada por um contexto de uso de substâncias e instabilidade emocional”.
Em nota, a Polícia Civil reforçou no relatório final a necessidade de manutenção da prisão preventiva, já decretada, “diante da gravidade dos fatos, da periculosidade do indiciado e da necessidade de proteção à integridade física e psicológica da vítima”.
A defesa de Igor Eduardo disse que aguardará a manifestação do Ministério Público para se posicionar.
O caso ganhou repercussão nacional, com a vítima dando entrevista em revistas eletrônicas como Fantástico e Domingo Espetacular, da TV Globo e Record, respectivamente.
Nesta segunda-feira (04), Igor Eduardo Pereira Cabral emitiu uma nota pedindo perdão à sociedade pelo ato contra a namorada. “Embora as circunstâncias ainda estejam sendo apuradas, sinto a necessidade sincera de expressar meu pedido de perdão a todos que, de alguma forma, foram afetados. Não tenho intenção de justificar nada, tampouco minimizar o impacto dos fatos. Apenas desejo que Juliana consiga encontrar força para seguir em frente, com serenidade, coragem e paz. A ela, sua filha e sua família, envio minhas orações e meu mais genuíno respeito”, disse.
O crime contra Juliana Soares foi registrado por câmeras de segurança no último dia 26 de julho. A vítima sofreu múltiplas fraturas na face e passou por uma cirurgia de reconstrução facial na última sexta-feira (1º) no Hospital Universitário Onofre Lopes (HUOL) e agora segue em estado de observação.
Já o agressor, Igor Cabral, de 29 anos, está preso na Cadeia Pública Dinorá Simas Lima Deodato (CPDS), localizada no município de Ceará Mirim. Inicialmente, ele alegou à Polícia Civil ter tido um “surto claustrofóbico”, que teria resultado nas agressões contra a companheira. Na última sexta-feira, Igor denunciou maus-tratos e agressões durante sua custódia no sistema penal.
“A Coordenadoria da Administração Penitenciária e a Ouvidoria do Sistema Penitenciário se deslocaram para a unidade prisional com o objetivo de averiguar os fatos e acompanhar o interno para o registro de ocorrência na Delegacia de Plantão da Polícia Civil e exame de corpo de delito no Instituto Técnico-Científico de Perícia. A investigação ficará a cargo da Polícia Civil. A Corregedoria do Sistema Prisional também foi acionada e adotou as providências necessárias, dentro de suas atribuições”, disse a Secretaria de Estado da Administração Penitenciária (Seap) em nota. Tribuna do Norte
