APÓS PREFEITO CRITICAR FISCALIZAÇÃO, ÔNIBUS IRREGULAR É FLAGRADO E TRANSPORTE ESCOLAR SUSPENSO EM IPANGUAÇU

Da redação - Assú Notícia:
Dois episódios recentes expuseram contradições e fragilidades da gestão do prefeito de Ipanguaçu, Jefferson Santos, em relação à fiscalização de trânsito.

O primeiro ocorreu quando o gestor gravou um vídeo atacando o CPRE (Comando de Policiamento Rodoviário Estadual), após uma operação que resultou na apreensão de várias motos irregulares na cidade. Entre os veículos recolhidos estava uma motocicleta sem placa, com queixa de roubo, cujo condutor ainda estava embriagado. Em vez de apoiar a ação legal da polícia, Jefferson preferiu acusar os agentes de “perseguição”, afirmando que não aceitaria esse tipo de fiscalização em seu município — um posicionamento que sugere, na prática, a permissividade para que condutores circulem sem respeitar o Código de Trânsito Brasileiro.

O segundo fato, que veio à tona poucas horas depois da publicação do vídeo, deixou a gestão em situação ainda mais delicada. Um ônibus escolar que transportava estudantes de Ipanguaçu para Mossoró foi retido pela Polícia Rodoviária Federal (PRF) durante fiscalização na BR-304. A PRF confirmou ao repórter Jalisson Ferreira que o motorista não possuía o curso obrigatório para conduzir transporte escolar, expondo irregularidades graves no serviço prestado pelo município.

Na terça-feira (26), a Secretaria Municipal de Educação, com autorização do prefeito, emitiu uma nota alegando que o serviço de transporte seria suspenso temporariamente para ajustes. O texto ainda diz que a prefeitura “zela pela segurança dos estudantes, pela legalidade e pela transparência na gestão pública”.

Contradições na gestão
A realidade, no entanto, é contraditória. Enquanto Jefferson Santos se posiciona contra fiscalizações do CPRE, que têm o objetivo de retirar veículos irregulares e condutores embriagados das ruas, um ônibus da própria prefeitura circulava de forma irregular, colocando em risco dezenas de estudantes universitários.

Além disso, a promessa de “zelar pela segurança” dos alunos contrasta com o histórico de reclamações sobre o transporte escolar municipal, onde não é raro encontrar veículos com pneus carecas, luminárias apagadas ou más condições mecânicas.

Fiscalização é garantia de segurança
Os fatos mostram que, ao invés de atacar a atuação policial, o prefeito deveria assumir a responsabilidade de garantir que a frota escolar e os veículos do município estejam em conformidade com a lei. O trabalho de fiscalização do CPRE e da PRF não é perseguição, mas sim uma forma de evitar tragédias e salvar vidas no trânsito.

Enquanto Jefferson Santos insiste em discursos políticos para agradar parte do eleitorado, a população de Ipanguaçu segue exposta a riscos que poderiam ser evitados com responsabilidade, planejamento e respeito à legislação.

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