CASO ZAIRA: MP QUER COBRAR CUSTOS APÓS DEFESA ABANDONAR JÚRI DE PEDRO INÁCIO

O julgamento de Pedro Inácio, acusado de feminicídio contra a universitária Zaira Cruz, foi cancelado nesta terça-feira (3), após a defesa do réu abandonar o plenário do Fórum Miguel Seabra Fagundes, em Natal. Diante do impasse, o Ministério Público solicitou o levantamento de todos os custos envolvidos na sessão, com a intenção de cobrar da defesa os prejuízos causados ao erário público.

Além do impacto financeiro, o cancelamento gera entraves logísticos. A 2ª Vara Criminal de Natal tem júris marcados até dezembro de 2025. Por isso, a nova data do julgamento pode exigir o remanejamento de outros processos.

Defesa alegou cerceamento; MP falou em respeito à vítima
A defesa de Pedro Inácio deixou o plenário alegando cerceamento de defesa. Os advogados tiveram perguntas indeferidas pelo juiz presidente do júri e consideraram a decisão prejudicial à sua tese.


O Ministério Público, por outro lado, argumentou que as perguntas poderiam ferir a dignidade da vítima, o que foi acatado pelo magistrado. Com a saída da defesa, o Conselho de Sentença foi dissolvido e a sessão suspensa.

O caso permanece sob segredo de Justiça.
Em entrevista ao Ponta Negra News, Ozanete Dantas, mãe de Zaira, demonstrou revolta:
“Eu fiquei revoltada demais, porque é uma coisa séria. Todo um trabalho foi feito, teve logística, investimento, e eles não tiveram respeito com a gente.”

Apesar do adiamento, ela mantém a fé:
“Eu espero a justiça de novo. Para poder dizer à minha filha que agora sim ela vai dormir em paz.” Ponta Negra