Da redação - Assú Notícia: A Delegacia de Polícia Civil de Assú concluiu as investigações sobre a morte trágica do garoto Luyz Ronaldo, de 11 anos, ocorrida na última segunda-feira, 2 de junho, na estrada de terra da comunidade de Tabatinga, zona rural de Carnaubais.
De acordo com o delegado Dr. Valério, responsável pelo caso, o menino caiu de uma van escolar em movimento e bateu a cabeça em uma pedra, falecendo minutos depois, após ser socorrido. As investigações apontaram que o acidente ocorreu enquanto ele tentava repetir uma prática arriscada que vinha realizando nos últimos dois meses com colegas durante o trajeto escolar.
Segundo relatos colhidos pela equipe da delegacia, Luyz e outros dois colegas costumavam se sentar no banco traseiro da van, onde havia uma janela com fácil acesso à parte externa do veículo. As crianças, em atitude imprudente e sem supervisão adequada, se penduravam para fora, subiam em uma escada e tentavam alcançar o teto da van ainda em movimento — uma espécie de "aventura" perigosa.
No dia do acidente, Luyz estava sozinho no banco de trás e tentou fazer a mesma manobra, mas perdeu o equilíbrio, caiu do veículo e não resistiu ao impacto.
Motorista será indiciado
Durante a apuração, a polícia descobriu que o motorista da van não possuía habilitação adequada para conduzir o tipo de veículo. Ele era habilitado apenas na categoria B, enquanto a legislação exige categoria D e curso específico para transporte escolar. Além disso, o veículo não possuía retrovisor central, o que compromete a visibilidade e a segurança dos passageiros, especialmente crianças.
O motorista não assumiu a responsabilidade de supervisionar os estudantes, mesmo estando ciente de que transportava menores de idade.
Diante dos fatos, a Polícia Civil vai indiciar o condutor por homicídio culposo, que é quando uma pessoa causa a morte de outra sem a intenção de matar, mas por negligência, imprudência ou imperícia. O indiciamento ocorrerá com duas majorantes (agravantes):
Pela ausência de habilitação compatível com o veículo;
Por se tratar de veículo de transporte escolar.
O motorista responderá em liberdade, e o procedimento será encaminhado ao Ministério Público e ao Poder Judiciário para as providências legais.