A morte após anestesia registrada em uma Unidade Básica de Saúde (UBS) de Macaíba gerou comoção e está sob investigação. A Prefeitura do município divulgou uma nota oficial nesta segunda-feira (26), na qual afirma que prestou socorro imediato à paciente Conceição dos Santos Silva, de 34 anos, que passou mal durante um procedimento odontológico na UBS Campestre.
Segundo a nota, Conceição era acompanhada pela equipe da unidade, inclusive em atendimentos odontológicos anteriores, sem qualquer intercorrência. No dia do ocorrido, após a paciente apresentar reações adversas, a médica da UBS realizou os primeiros socorros no local. Como o SAMU demorou a chegar, a equipe decidiu levá-la até a UPA de Parnamirim, utilizando um veículo da Prefeitura, com o acompanhamento da médica e de uma técnica de enfermagem.
Família contesta versão e denuncia negligência
Apesar da versão apresentada pela Prefeitura, o marido da vítima, George da Silva, contesta o relato. De acordo com ele, Conceição passou mal logo após receber a anestesia. Ele gravou vídeos que mostram a equipe tentando reanimá-la com massagem cardíaca ainda dentro da unidade básica.
Na UPA de Nova Esperança, em Parnamirim, os profissionais chegaram a entubá-la. No entanto, minutos depois, a família foi informada do falecimento. A morte ocorreu por volta das 18h da segunda-feira (26).
O corpo de Conceição foi levado ao Serviço de Verificação de Óbito (SVO), em Natal. Porém, como a causa ainda não está clara, será necessária uma perícia mais detalhada no Instituto Técnico-Científico de Perícia (ITEP). O procedimento aguarda a emissão de um documento pela UPA para que a transferência seja feita.
Caso segue sob investigação
A de Conceição dos Santos Silva ainda está sendo apurada pelas autoridades competentes. A Prefeitura reforçou que tanto a equipe da UBS Campestre quanto os profissionais da UPA prestaram o atendimento necessário. Ainda assim, o marido da vítima alega que houve demora no socorro e que Conceição deveria ter sido levada imediatamente a uma unidade com maior suporte.
A vítima deixa duas filhas, de 8 e 13 anos. Familiares aguardam explicações e cobram responsabilização. Ponta Negra