A Polícia Federal deflagrou, na manhã desta terça-feira (29), a Operação Argos Panoptes, com o objetivo de apurar a atuação de um grupo criminoso que estaria dificultando ações de fiscalização ambiental do IBAMA no Rio Grande do Norte. A investigação aponta que o grupo se valia de um informante infiltrado para monitorar e repassar informações sobre operações de combate à pesca ilegal.
A operação contou com a participação de oito policiais federais e cumpriu um mandado de busca e apreensão, expedido pela 2ª Vara Federal do RN.
Informante vigiava ações do IBAMA em clube náutico
De acordo com as investigações, um membro do grupo atuava como “olheiro” no Iate Clube, onde observava a movimentação das equipes de fiscalização do IBAMA. O informante teria a função de avisar a saída das embarcações do órgão ambiental, prejudicando o trabalho de combate a crimes ambientais, especialmente a pesca ilegal e a extração de recursos naturais sem autorização.
Nome da operação tem origem mitológica
O nome da operação faz referência a Argos Panoptes, personagem da mitologia grega conhecido por ter cem olhos e a capacidade de vigiar tudo ao seu redor, mesmo durante o sono. A escolha do nome simboliza o esquema de vigilância clandestina instalado para burlar a fiscalização.
Crimes investigados
Os alvos da operação poderão responder pelos crimes de:
Extração ilegal de areia, com base no artigo 55 da Lei n.º 9.605/1998 (Lei de Crimes Ambientais);
Associação criminosa, conforme o artigo 288 do Código Penal.
A Polícia Federal continua as investigações para identificar outros envolvidos e esclarecer a extensão do esquema criminoso. Ponta Negra