Um bandido, que estava usando uma calça da farda de gari, foi preso na tarde desta quarta-feira (27) após anunciar um assalto a uma mulher nas proximidades de uma loja na Avenida Antônio Basílio, no bairro Lagoa Nova, na Zona Sul de Natal.
Uma pessoa não identificada, que passava pelo trecho, percebeu a ação criminosa e trocou tiros com o assaltante e com o comparsa dele, que conseguiu fugir. Ninguém ficou ferido.
A vítima, que tem 40 anos de idade, contou que foi abordada no momento em que havia acabado de entrar no carro e parou para responder uma mensagem no celular.
"Eu ia sair já. Peguei o celular para responder uma questão de trabalho. Foi na hora que me abordaram. O cara já chegou me abordando com a arma. Ele me jogou para o banco do passageiro e o segundo entrou no banco de trás, me segurando", contou ela, que preferiu não se identificar.
"O que estava na frente, na direção, estava de gari. O segundo eu não consegui ver, porque ele entrou muito rápido, e já veio me segurando, falou para eu ficar calma, não tentar fugir, porque eu tentei abrir a porta do carro. Ele falou que ia atirar se eu tentasse fugir".
Neste momento, o criminoso não conseguiu dirigir o veículo e ela começou a passar orientações. Foi aí que começou a troca de tiros, segundo relatou a vítima, após uma pessoa perceber a ação criminosa.
"Quando conseguiu dar a ré no carro, veio uma terceira pessoa já atirando. Quando começou a troca, um [criminoso] saiu correndo e o que estava na direção ficou apavorado. Eu abri a porta do carro e saí correndo também no meio dos tiros. Entre ficar com o bandido e sair, na hora eu só pensei que tinha que sair dali e fui me esconder atrás de outros carros", disse.
O criminoso que ficou no carro foi contido por populares até a chegada da polícia, que efetuou a prisão e o encaminhou para a Central de Flagrantes. Ele chegou a ser amarrado em uma árvore no canteiro central da Avenida Antônio Basílio.
"Em todo momento eu pensei: 'Meu Deus, leve o carro, me deixe sair'. Ele [o criminoso] falou: 'Não, você vai junto, fique calma, não vou fazer nada'. Pensei: 'E agora?'. Mas, depois, a sensação de alívio é muito grande", disse a vítima. G1RN