SEM EPIs, COVEIRO REALIZA SEPULTAMENTO DE VÍTIMA SUSPEITA DE COVID-19 EM ITAJÁ

Da redação - Assú Notícia: Os cuidados para evitar a propagação do novo coronavírus vai além de pessoas vivas; isso porque cadáveres também são fontes de transmissão, já visto que ainda possuem secreções. Justamente por isso, desde que a COVID-19 se espalhou pelo mundo e chamou a atenção de autoridades brasileiras, funerárias e cemitérios vêm adotando medidas para proteger funcionários e familiares dos mortos. 

Um senhor de 52 anos de idade morreu sob suspeita de coronavírus na tarde de segunda-feira 22 de Junho de 2020, no Hospital da cidade de Ipanguaçu, na região do Vale do Açu. O paciente do sexo masculino foi sepultado no cemitério público da cidade de Itajá, e um coveiro apenas foi o responsável para fazer o sepultamento da vítima suspeita de covid-19. O profissional estava de bermuda, camisa normal, com uma máscara e de botas. Equipamentos não compatível ao recomendado pelo Governo Federal, Vigilância Sanitária, Organização Mundial de Saúde e ANVISA.

Em Ipanguaçu, a informação que recebemos é que o corpo estava em uma maca, enrolado no lençol do leito em que o paciente estava. A Agência Nacional Vigilância Sanitária - ANVISA, diz que os corpos em hospitais, devem está em sacos plásticos zipado, para evitar a contaminação, mas em Ipanguaçu tem sido diferente.
Como o covid é transmitido por contato, é fundamental que os profissionais sejam protegidos da exposição a sangue e fluidos corporais infectados, objetos ou outras superfícies ambientais contaminadas.

Localizados no final da cadeia de manipulação de corpos, os coveiros também estão suscetíveis à contaminação, caso não tomem as medidas de prevenção necessária. Conforme nota técnica da Anvisa, publicada em 31 de março, "os encarregados de colocar o corpo na sepultura, em pira funerária etc. devem usar luvas e higienizar as mãos com água e sabonete líquido, após retirada das luvas".
Os EPIs recomendados para toda a equipe que maneja os corpos nessa etapa são:
z Gorro;
z Óculos de proteção ou protetor facial;
z Avental impermeável de manga comprida;
z Máscara cirúrgica;
» Se for necessário realizar procedimentos que geram aerossol, como extubação ou coleta
de amostras respiratórias, usar N95, PFF2 ou equivalente.
z Luvas;
» Usar luvas nitrílicas para o manuseio durante todo o procedimento.
z Botas impermeáveis.
Em Itajá, está sendo diferente e indo contra as orientações do Governo Federal, para que as pessoas que manuseiam os corpos suspeitos ou confirmados de coronavírus, usem os equipamentos de Proteção Individual mencionado a cima.