STARTUP DO RN CRIA TECNOLOGIA QUE PERMITE ACOMPANHAR QUADRO DE PACIENTES EM UTIs DE FORMA REMOTA

Desenvolvedores de tecnologia da informação da startup NUT criaram uma plataforma que permite monitorar de forma remota os pacientes das Unidade de Terapia Intensiva (UTIs). A NUT é uma empresa vinculada à incubadora Inova Metrópole, do Instituto Metrópole Digital (IMD/UFRN).
Essa ferramenta pode ajudar a evitar a propagação do coronavírus, já que o acompanhamento dos profissionais de saúde às pessoas internadas em UTIs acontece a cada duas horas.
A Plataforma de Assistência Remota (PAR) já está em utilização há cerca de quatro meses no Centro Avançado de Oncologia (LIGA). A tecnologia oferece, em tempo real e por acesso remoto, todos os sinais vitais do paciente monitorado, com a opção de configuração dos limites de segurança e com alerta de notificações.
Assim, não é necessário fazer a verificação de cada leito especificamente, o que permite o telediagnóstico.“Eu tenho acesso a essas informações onde quer que eu esteja, não mais apenas pelo monitor posicionado ao lado do leito do paciente. A ferramenta me informa automaticamente caso a pessoa assuma um estado crítico e a equipe é acionada imediatamente”, explicou o médico Dr. Domingos Sávio de Medeiros, coordenador de UTI da LIGA.
O médico conta que, com o uso da tecnologia, o hospital conseguiu uma economia de três horas diárias de trabalho do técnico de enfermagem, “que agora são destinadas a outras atividades assistenciais”.
“A PAR permite uma segurança extra à equipe de saúde, pois todas essas informações são acessadas de maneira online, em tempo real, em formato que pode ser escolhido entre gráficos, planilhas ou relatórios, com interface simples e de fácil compreensão”, falou Dalila Monteiro, COO da startup.
Dalila Monteiro garante que a plataforma está pronta para ser usada em qualquer UTI, além de enfermarias equipadas como monitores multiparamétricos. O sistema online do programa é acessado por qualquer navegador de internet e a startup também desenvolveu um aplicativo para celular.
A empresa está implementando também o módulo de inteligência, que conta com mecanismos de predição, que, fazendo uso de Inteligência Artificial, poderá prever possíveis complicações de saúde dos pacientes e do seu tempo de internação. Para isso serão utilizados dados já coletados.
“Atualmente, mesmo com o monitoramento constante das UTIs, os hospitais não contam com uma coleta de dados inteligente, de modo que não é possível trabalhar com alertas preditivos do quadro clínico do enfermo”, falou Dalila Monteiro. G1RN