HOSPITAIS DO RN USAM CLOROQUINA EM CASOS GRAVES DE CORONAVÍRUS: 'PROTOCOLO NACIONAL'

Os hospitais da rede pública que atendem aos pacientes do novo coronavírus no Rio Grande do Norte estão usando cloroquina e hidroxicloroquina no tratamentos dos casos graves e críticos de infecção por Covid-19. Segundo a Secretaria de Saúde Pública (Sesap), o estado "segue protocolo encaminhado pelo Ministério da Saúde".
Ainda de acordo com a Sesap, o uso do medicamento, que ainda não tem a eficácia comprovada, foi orientado pela Nota Informativa n°6/2020 do Ministério da Saúde, que aponta a dosagem do medicamento e destaca que atende apenas casos graves.
Por meio de nota técnica emitida no dia 4 de abril, a Secretaria orientou os 11 hospitais públicos estaduais destacados no Plano de Contingência para a doença que utilizem o medicamento em pacientes com quadro clínico que envolva situações como infiltração pulmonar, falência respiratória, choque séptico ou disfunção de múltiplos órgãos.
"Importante ressaltar que não há garantia de que o medicamento garante a cura e há dezenas de estudos clínicos nacionais e internacionais em andamento, avaliando a eficácia e segurança de cloroquina é hidroxicloroquina para infecção por Covid-19, bem como outros medicamentos, e, portanto, essa medida poderá ser modificada a qualquer momento, a depender de novas evidências científicas", informou a pasta.
Doses do medicamento foram enviadas pelo Ministério da Saúde e distribuídas para as 11 unidades hospitalares da rede que estão no Plano de Contingência. Cada uma recebeu, em média, 10 kits para tratamentos.
A regulação da distribuição do medicamento está sendo feita pela Unidade Central de Agentes Terapêuticos (Unicat), a partir das requisições feitas por médicos e farmácias hospitalares.
Até esta sexta-feira (10), o estado teve 263 casos confirmados e 11 óbitos registrados, sendo que ainda há quase 3 mil pacientes com suspeita para a doença e oito mortes em investigação.
Pelo menos 123 pessoas estão internadas nos hospitais da redes pública e privadas do estado, confirmadas ou com suspeita para a doença, sendo que no setor público, apenas 4 pacientes estão em UTI. No privado, são mais de 20. G1RN