PENITENCIÁRIA MÁRIO NEGÓCIO DE MOSSORÓ REATIVA PROJETOS DE AGRICULTURA

Levar trabalho às unidades prisionais do Rio Grande do Norte tem sido uma das prioridades da Secretaria da Administração Penitenciária (Seap) e no Complexo Agrícola Dr. Mário Negócio, em Mossoró, a terra voltou a ser semeada pelos internos. É o começo de um projeto maior que prevê novas lavouras, hortas orgânicas e o cultivo de 10 mil mudas de caju para doação aos atingidos pela seca. 
O diretor da unidade penal, agente penitenciário Márcio Morais, no cargo há apenas 40 dias, explica que a terra foi preparada no dia 21 de setembro, com o arado do solo e instalação da irrigação, e que a plantação começou no dia 11 de outubro. “São cinco hectares de milho e três hectares de Jerimum cultivados por dez voluntários com experiência em agricultura.
Esses internos terão direito a remição da pena de acordo com a Lei de Execuções Penais. A cada três dias de trabalho, um de remição. Esse tempo remido contará para seu livramento condicional”, disse Márcio Morais. A ideia, explica, é replicar os conhecimentos do campo para outros internos. 
A Seap tem estimulado o trabalho e a educação no Sistema Penal.
O secretário Pedro Florêncio explica que o objetivo é manter o controle, a segurança e a disciplina nos presídios e levar ações que promovam a ressocialização como a realização de cursos profissionalizantes e de qualificação de mão de obra. “Estamos fazendo um convênio com a Secretaria de Agricultura para cultivo de mudas de caju na Mário Negócio. Vamos produzir mais de 10 mil mudas para doar aos municípios que tiveram prejuízo nas plantações  de caju com a seca”, disse o secretário. 
Os próximos passos são iniciar a cultura de melancia e mamão e uma horta orgânica no setor feminino da unidade. “Temos cerca de 500 hectares de terras férteis, água e muitos internos e internas dispostos a trabalhar. A Seap está buscando a Emater como parceiro nos projetos de agricultura”, disse Márcio Morais. Essa primeira colheita já tem destino certo. O milho será usado para alimentação do gado e porcos criados na unidade agrícola. E o jerimum doado para escolas, creches e instituições de caridade de Mossoró.  “Estamos em busca de parcerias para novos projetos”, falou.    Fim da Linha