Desarticular célula regional da facção criminosa paulista Primeiro Comando da Capital (PCC) no Rio Grande do Norte. Com esse objetivo, a Polícia Federal em conjunto com o Departamento Penitenciário Nacional (Depen) e apoio da PM deflagrou a Operação Extração na madrugada desta terça-feira (3).
A Justiça Estadual expediu 16 mandados de busca e apreensão, 18 mandados de prisão preventiva e a prisão temporária contra um advogado potiguar suspeito de integrar a organização criminosa.
Os mandados estão sendo cumpridos nas cidades de Natal, Mossoró, Extremoz, Ceará-Mirim, São Gonçalo do Amarante e Pau dos Ferros. As investigações foram intensificadas em junho de 2019, depois que a Polícia Federal identificou o planejamento de um salve pelo PCC no estado. De acordo com o alerta da PF, os ataques estão planejados para começarem no dia 4 de junho nas ruas e dentro dos presídios.
A organização planejava aterrorizar a população, por meio do incentivo dos faccionados à prática de ações violentas em várias cidades do RN. No salve identificado pela PF, a facção criminosa também previa ataques dentro do sistema prisional potiguar, incentivava a violência contra integrantes de facções rivais e sugeria confrontos com as forças policiais do Rio Grande do Norte.
Durante as investigações, informações foram compartilhadas com autoridades do RN e medidas preventivas adotadas. Não houve registro de atentados no período. Todos os presos ocupam posições de liderança na filial potiguar da facção criminosa PCC.
Advogado era responsável pela comunicação e transmissão dos “salves”
De acordo com a PF, o advogado que está preso temporariamente em Natal teve especial participação na circularização do salve em junho de 2019, sendo o suposto responsável pela comunicação e transmissão das ordens (salves) entre as lideranças presas e membros da alta cúpula ainda em liberdade.
O crime de promover, constituir, financiar ou integrar, pessoalmente ou por interposta pessoa, organização criminosa é previsto na Lei no 12.850/2013, punido com pena de reclusão de 3 a 8 anos, e multa, sem prejuízo das penas correspondentes às demais infrações penais praticadas.