ACUSADO DE ATIRAR NA BOCA DA EX-COMPANHEIRA VOLTA AO BANCO DOS RÉUS

Nesta quarta-feira, dia 12, o Tribunal do Júri Popular (TJP) volta a se reunir no Fórum Municipal, para julgar, novamente, o vigilante Francisco Cardoso Marcondes da Silva, de 41 anos, acusado de tentar matar a ex mulher Dulcicleide Filgueira de Aquino, às 19h do dia 25 de setembro de 2017, no bairro Planalto 13 de Maio, em Mossoró/RN. 
No primeiro julgamento deste processo, ocorrido no dia 16 de maio de 2018, Marcondes foi absolvido do crime de tentativa de homicídio qualificado, contrariando as provas no processo que mostrando que o réu atirou na boca da vítima e a bala saiu no pescoço, os jurados, por maioria, entenderam que se tratava apenas de uma lesão corporal.
Neste mesmo julgamento, o réu restou condenado por ameaça e porte ilegal de arma de fogo. Somando as penas, ficou em pouco mais de seis anos em regime semi aberto. 
A decisão dos sete jurados deixou a todos sem entender as razões, pois não havia como o tiro na boca, que saiu pelo pescoço, ser considerado apenas lesão corporal. 
A vítima Dulicleide Filgueira disse que os sete membros do Conselho de Sentença inocentaram um monstro. Com a absolvição do ex marido que quase a matou, ela disse que teme pela própria vida, considerando que quando ele bebe, perde o controle.
Os promotores de Italo Moreira Martins e Armando Lúcio Ribeiro, com atuação no Tribunal do Júri Popular, disseram que o resultado foi muito injusto e que haviam provas suficientes para que o réu fosse condenado por tentativa de homicídio em sua forma qualificada. 
As pessoas costumam dizer que a Polícia prende e a Justiça Solta. Neste caso, foi a Justiça manda prender e a sociedade manda soltar, diz o promotor Italo Moreira.
Diante das provas, o Juri foi anulado e nesta quarta-feira, a partir das 8 horas, um novo Conselho de Sentença será formado para julgar o réu Marcondes novamente. 
Está previsto de atuar na acusação o promotor de Justiça Hermínio Sousa Perez Junior e na defesa do réu o advogado Adrikson Holanda Alves.
Os trabalhos serão presididos pelo juiz Vagnos Kelly Figueiredo de Medeiros. MOSSORÓ HOJE