ACUSADO DE MATAR MENOR ELIZETE MOURA É PRESO POR ESTUPRO EM IPANGUAÇU

Uma menina de 9 anos - nome resguardado - foi levada a força para o mato e lá teria sido violentada sexualmente por Francisco Heleno Felipe, o Heleno de Gelon, de 44 anos. Há 22 anos uma história muito parecida aconteceu neste mesmo município de Ipanguaçu.
 Na época, a menina Elizete Moura Lemos, de 10 anos, foi raptada, possivelmente violentada sexualmente, assassinada e seu corpo jogada no rio Pataxó, na comunidade de Arapuá. Foi encontrada três dias depois. O principal acusado: Heleno de Gelon foi preso e condenado pelos crimes.
O caso Elizete Moura Lemos ganhou enorme repercussão na mídia, em função de um fator específico: surgiu uma conversa de que a menina havia sido assassinada num ritual de magia negra para beneficiar o então prefeito da cidade, José Wilson de Sousa.
 Na história montada ou real (não se sabe ao certo até hoje) resultaram com a prisão de outras seis pessoas de uma mesma família: Luzialba Pinto Fernandes, Francisco Veridiano Fernandes, Jofre Pinto Fernandes, Carlúcia Fernandes, Wallace Fernandes e Kátia Pinto Fernandes.
 O caso que parecia esclarecido, terminou se transformando numa tragédia muito maior. O pai de Elizete Moura Lemos morreu quando comentava a absolvição dos réus no primeiro julgamento do caso. A ré Luzialba Pinto terminou assassinada pelo irmão de Elizete Lemos.
 O irmão de Elizete Lemos terminou sendo morto a tiros na zona rural do Alto do Rodrigues. Carluzia ficou doente em função, segundo a família, a tortura que sofreu. Wallace também adoeceu. Francisco Veridiano também relatou tortura na época para confessar.
 Já aconteceram vários julgamentos e até o hoje, passados 22 anos, o caso Elizete Moura Lemos não chegou ao fim. Encerrado mesmo, só para o réu Heleno de Gelon. Condenado pelo Tribunal do Júri cumpriu a pena no Centro Penal Doutor Mário Negócio, em Mossoró/RN.
 Na época, surgiram várias versões para o rapto e morte da menina Elizete Moura Lemos. A principal delas é que Heleno de Gelon teria sozinho raptado, estuprado e matado a menina. Em outra versão, dois sujeitos da comunidade Arapuá teriam cometido o crime.
 O fato real é que a versão oficial, a que foi para o papel, era a menos provável, considerando o perfil dos acusados e as provas a favor deles. O réu Jofre Pinto, por exemplo, se quer foi ouvido. Ele tinha provas que estava longe do local que o crime aconteceu.
 Fora da prisão, Heleno de Gelon voltou para Ipanguaçu. Segundo o Sargento Chacon, na manhã deste domingo, dia 9 de setembro, 22 anos depois de raptar e matar Elizete Moura Lemos, Heleno de Gelon fez o mesmo. Desta vez a vítima sobreviveu e contou a história.
 O sargento Chacon e os PMs Alcides e Vandércio iniciaram as diligências e localizaram Heleno de Gelon na comunidade conhecido por Lombo do Cachorro. Ele estava com uma arma e se deslocando numa motocicleta com queixa de roubo. Foi preso em flagrante.
A menina, depois de passar por avaliação médica, foi levada para fazer exames de corpo delito no Instituto Técnico-científico de Perícia (ITEP), em Mossoró-RN. Heleno de Gelon, depois de autuado em flagrante na Polícia Civil, foi enviado para o sistema prisional. - Informações - Mossoró Hoje.